Ouço uma canção, sigo o ritmo no ar, como se estivesse a tocar um instrumento.
A melodia me beijou a, 5° nota me levou ao ponto cume da canção, como se fosse transbordar meu ar , após me sufocar de tanto ouvi-la.
Vivo em uma única república, sobrevivo sem um ano de chuva, e ressuscito ao ver nossas fotos jogadas ao mar, no dia 31 de Dezembro.
Não sei o que aconteceu, mais tal nota se perdeu, deito-me no piano, procuro-a como se fosse a única nota que me deixasse viver, como se o antídoto estivesse acabado, como se necessitasse de sangue.
Eu preciso beijá-la novamente, ou. . . .
Não terei mais sonhos, não serei mais eu mesmo, irei me transformar em um maníaco por canções, estarei vivendo em um circulo drenado, tendo que se alimentar diariamente.
Volto, ultrapasso, mais ainda nada de canções que me façam ouvi-la unicamente todos os dias, ainda assim, estou sendo drenado, para alimentar-me de coisas sem conteúdo, sem um assunto que faça ter sentido de viver.